sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Palavras Vampiras

O mais constrangedor e interessante de escrever é buscar inspiração. Ela nunca é encontrada e sim quem encontra você.

Por vezes chega na hora mais inconveniente; Quando chegas das noites de farra, caindo de sono, sob as luzes apagadas que o sol já ameaça.Ao tirar a roupa suada, já bem quieto e molhado do banho, ao encostar os pés fora do chão e a cabeça ao travesseiro, ela chega em frases que iniciariam um gostoso poema de rimas. Daqueles que se tomasse corpo e fosse lido diriam: “Esse foi escrito sob a luz da escrivaninha, depois de muito o poeta tentar”.

Quando o sono é mais forte e seus ouvidos ainda zunem devido ao som da música excessivamente alta, pensas: Escreverei amanhã, assim que acordar, essas frases escaldadas em meu sono e meus sonhos.

Quando acordas... Elas já se foram. Se foram com o sono, se perderam nos sonhos e com as luzes apagadas.
Palavras, frases e rimas vampiras!
Dissiparam-se,
Não resistiram à luz do dia.
O que me resta?
Escrever desta a última linha.


Li num Blog um dia desses e gostei muito!
Microconto inspirado em Dudu Oliva
ESCRITOR

Há dias está trancado no quarto, sem comer, sem dormir.?
A mulher bate, aflita, à porta.
- Que fazes? Estás bem?
- Não, tenho ânsias de vômito.
- Então saia, venha ao banheiro, te ajudo.
- Não, basta-me papel e lápis!

2 comentários:

Rachel Motta disse...

Eduardo, muito bom!!!
as palavras realmente não esperam pelo papel assim como depois de ditas não voltam...
beijos e bom final de semana

Rachel Motta disse...

ps vc tem orkut?