sexta-feira, 23 de abril de 2010

Da minha janela...


Rios
Risos
Rindo
Ritos

A vida é cíclica
A frase é mítica
Mas muito se aplica

Continuo correndo
Às vezes sereno
E outras pequeno
Se caio levanto
E quando aos prantos

Às vezes sorrio
depois de cochichos
de ver os seus risos
e meio improvisos.

Daí vem a chuva
que molha as curvas
e, se tempestade,
faz-me afogado.
Afogo-me em sonhos
estranhos passando
e em quedas pequenas
o mundo serena.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E quem se importa?


Há dias que sinto como se tudo e eu somassem nada
Como se o nada que significo
Supera o pouco dos meus suplíciios

Não peço
Não sou
Nem água nem ferro
Não sinto
Não sirvo
Não corro não durmo
Nem mesmo vegeto

Não tenho sombra
Não tenho honra
Perdi nos invernos
Troquei-os no frio
por um par de mistérios

Não penso
Recebo
Eu ouço
Me calo
Percebo e não vejo
Mas fico em receio

É hoje inverno?
Tão quente lá fora.
Em mim faz um frio
E me assanha os cabelos.

Eu chamo
Eu clamo
Mas nada eu ouço

Eu vejo em meus olhos
que nada percebo
Eu procuro em meus dedos
mas nada eu vejo.

Eu perdi dia desses uma soma de dias.
Nem mesmo quem amo se importa.
Nem mesmo minha casa se importa se chego.
Eu subo e desço.