quinta-feira, 18 de junho de 2009

Já se arriscou a escrever sobre você?


Quando eu era criança achava que quando crescesse manteria tudo mágico, daquele mesmo jeito, só que com uma diferença: tudo estaria ao meu alcance.

À medida que cresci eu realizei vários sonhos, mas alguns se tornaram obscuros e distantes. Talvez, seja exatamente isso o que me persegue como fantasma. Mas ainda assim, os que tornei reais guiam-me os passos.

Eu Amo minha família acima de tudo. Sou extremamente apegado a casa onde cresci e embora pense em jamais me desfazer dela, não me imagino morando ou construindo minha vida de novo lá.

Uma das primeiras lembranças que tenho de quando criança, era de um “pé de hortelã” que tinha na primeira casa onde morei e de como era bom seu cheiro, que se evidenciava principalmente quando chovia um pouco. Também me lembro bem de um gato preto que sempre rondava pelo quintal tentando roubar comida da nossa cozinha. Lembro-me bem do dia que ele conseguiu roubar e o vi sair correndo no muro com um grande pedaço de carne, enquanto mamãe e minha babá o espantava.

Eu nunca tive um amigo imaginário. Na verdade eu até tive, mas era como se eu falasse com outro eu mesmo dentro de mim. Era como se o amigo fosse eu mesmo e às vezes eu brincava, falava, criticava ou lia revistas em quadrinhos ou livros infantis para mim mesmo. Outro fato de minha infância que acho interessante, é que ao contrário de minhas irmãs, eu adorava passar o dia e muitas vezes dormir na casa de primos e de parentes nossos.

À medida que o tempo passa vejo como tive uma infância feliz. Ao mesmo tempo eu vejo, que naquela época, eu já sabia como eu seria quando me tornasse adulto. Eu sabia muito mais de mim quando criança, que sabia quando adolescente.

Agora ao entrar na fase adulta, eu insisto em manter a melhor característica de cada uma dessas fases, com uma condição: que cada um desse atributo possa compensar um traço infantil ou adolescente que eu ainda mantenha.

Sorrio como criança, quase ingenuamente, mas sou carente como uma. Preciso de atenção.
Quando estou determinado eu aposto muito alto, sem medo, mas sou rebelde como um adolescente. Preciso encontrar e encarar a verdade por conta própria.

Às vezes preciso de atenção exclusiva, em compensação eu vou ser extremamente grato por isso e farei de tudo para fazer você sorrir muito.
Noutros dias o silêncio é tudo o que quero, a formalidade quase fria é o que transpareço e preciso ter de volta. Só estou intrigado comigo mesmo.

Surpreendo-me muito fácil e sorrio em demasia, principalmente se me sentir acanhado ou por demais feliz. Às vezes quero ficar sozinho e em silêncio com minhas canções.

A primeira vista eu posso aparentar ser o oposto do que realmente sou, mas quase sempre eu só estou refletindo o que sinto ser quem me observa.
Eu sou muito ansioso, talvez por isso eu esteja quase sempre ouvindo música. Para cada motivo de ansiedade eu tenho um repertório. O interessante é que a medida que o tempo passa, mais eu começo a ouvir estilos musicais que eu não ouvia antes. Mas não por isso eu deixo de ouvir minha músicas favoritas antigas, o repertório só aumenta.

Adoro praticar alguma atividade física, mais por vaidade que por questões de saúde. Mas o bom é que uma pode ser consequência da outra. Também sou muito guloso.

Aprendi por conta própria, observando, como tomar conta de um lar quando ainda morava na casa dos meus pais. Mesmo imaginando que nunca sairia de lá quando eu tinha 15 anos. Hoje é o oposto, não me imagino voltando pra lá. Sou um bom dono de casa. Adoro manter tudo organizado e limpo. Gosto muito de cozinhar e, por favor, se eu o estiver fazendo não venha me mandar pôr mais sal, ou menos açúcar, a receita é minha! Se você tagarelar demais passo a panela pra você!

Eu sou extremamente apaixonado. Na verdade eu acho que já descobri o que é amar, embora ainda não tenha sentido reciprocidade nisso... E sei que é amor justamente por isso.

Adoro está entre amigos, onde quer que seja. Se eu estiver com eles, seja lá o que façamos, sei que será prazeroso. Adoro sentar junto aos meus amigos numa mesa a beber (ou pelo menos vê-los beber, já que não bebo muito) ao som de muito papo furado, ou a nos divertir com jogos de tabuleiro, principalmente jogos de quiz.
Às vezes tenho a impressão que não evidencio para quem deveria o quão importante elas são para mim ou que quando o faço, elas não entendem o real significado do que quero dizer ou simplesmente não acreditam.

Um sopro leve e um palpitar de felicidade intensa são mais fáceis de me arrancar lágrimas que um tufão ou uma rajada de pedras.

Eu quero construir meus sonhos, uma família, ter filhos e os ver crescer.
E eu acredito nisso tudo: Sonhos, amor, pessoas e canções.

São as mesmas coisas que eu acreditava quando era criança e que me trouxeram até aqui. E é tudo isso que às vezes me faz perceber e me impressionar com o quanto sou feliz!

E pra mim, os finais da tarde sempre costumam ser mais tranqüilos que o início das manhãs.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Que dia é hoje?



Fui responder à postagem de um blogueiro e acabou
que ele me inspirou a escrever algo que considerei deveras
um pouco eu. Pelo menos por hoje, amanhã já não sei. Segue:

Gosto desses dias assim também.
Na verdade gosto de todos os dias.
Por que há dias para tudo,
eu não sou um só,
por isso gosto de vários tipos de dias,
desde que o dia e eu estejamos iguais.

Vários "eus", vários dias...
E no fundo sou só eu mesmo e os dias é que quase sempre mudam de verdade
E acabam me mudando...

Quem eu sou?
Primeiro responda,
que dia é hoje?